sábado, 12 de abril de 2008

Coisas que só acontecem com Luciana Zonta

Você já teve a sensação de que algumas coisas só acontecem com você? Pois eu tenho esta sensação SEMPRE, especialmente em dias como quinta-feira passada (10 de abril). Lá estava eu, naquela tórrida tarde de sol rachante de Itajaí, buscando o pagamento de mais um freela esperto que eu fiz no mês passado.

O contratante, para quem eu escrevo quase mensalmente, pagou em notas de 100, 50 e 10 reais. Saí da editora, feliz da vida com meu bolinho de garoupas e onças pintadas, quando, ao me direcionar à vaga do Knut (o nome fofo do nosso Fox branco), o bolo de dinheiro pulou da minha mão e se espalhou pela calçada.

- Ok, ok, calma lá pedrestes aproveitadores de situações como essa que eu vou juntar tudinho. Não se movam.

Como azar pouco é bobagem, enquanto eu juntava a grana, bateu um ventinho suave, uma brisa reconfortante vinda da foz do Rio Itajaí-Açu que ajudou a espalhar o dinheiro e a enfiar três notas (uma de 100, outra de 50 e outra de 10) em um bueiro posicionado bem ao lado do carro. Lá embaixo, era possível ver os meus 160 reais inatingíveis (minha mão não passava pelo buraco estreito do bueiro) sorrindo para mim. Uma cena digna de Mr. Been!

Olhei para os dois lados e me certifiquei que ninguém havia presenciado o mico financeiro. Na minha esquerda, um grupinho de pedreiros e pintores davam o acabamento final a uma sala comercial da Rua Lauro Müller. Uma lâmpada surgiu sobre minha cabeça: idéia!

- Meninos, pelo amor de Deus, só vocês podem me ajudar!

Todos pararam o que faziam e me olharam com um ar de surpresa e desconfiança. E de descrédito também.

- Caíram três notas de dinheiro naquele bueiro. Quem conseguir resgatar para mim leva a de R$ 10!!!

Imediatamente, o grupo largou pincéis e lixas e pularam ao lado do bueiro, já pensando em uma forma de tirar a minha grana (e agora deles também) do buraco. Imediatamente, o filhinho do mestre de obras - que devia ter entre seis e sete anos de idade - saiu lá da sala gritando "É minha, é minha!". Em seguida, deitou-se na calçada, enfiou sua mãozinha pequena e magrinha entre os filetes estreitos do bueiro e salvou as três notas. Devolveu-me a de 100 e a de 50 e comemorou a nota de 10 reais que acabara de ganhar.

Os marmanjos murcharam. E eu voltei a sorrir, feliz e contente. "Morri só com 10 reais e não com 160", logo pensei.

Embarquei no carro e, quando eu já dava sinal para entrar na rua, um dos pintores bateu na janela e disse. "Moça, moça, quando vier aqui novamente e perder o dinheiro no bueiro, pode chamar a gente de novo, tá?".

Eu dei risada. E agradeci a disposição do moço. Definitivamente, coisas que só acontecem comigo...

P.S: E o que você aprendeu com isso, criança feliz??? A nunca mais sair com dinheiro na mão, só na bolsa. Dããããã.

8 comentários:

Joana disse...

Sim, realmente só acontece contigo Lú!
Eu ri um monte imaginando a cena!
Foi a sua cara, né?
hahahaha

bjooooo
=*

Bettina Riffel disse...

hahahahahahaha...Definitivamente , eu AAA DDDOOOOOO REEEEIIIII a sua historia
hahahahahahahahahahahaha
Digno de uma cronica
Eu ria soyinha na frente do pc
Principalmente com o "é minha, é minha" HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH
Sei q na hora deve ter sido barra, mas depois a gente ri , e deve rir mesmo ,.... ahahahahaha
Legal por vc dividir essas coisas conosco. hahahah. Beijao Luuuu
BETTINA RIFFEL

Bettina Riffel disse...

ps: meu blog ta desatualizado. Nao adianta nem dar uma espiadinha hahahahahahahaha... adivinha> eu nao consigo mais atualiya;lo :-(
Nao encontro mais aquele campo ADICIONAR
HAHAHAHAHAHAHAHAHAH
parece piada ne
:-)
Mas nao eh
:-(

Patrícia Lima disse...

Não, Lu. Isso não acontece só contigo, não. Comigo também aconteceria. É o preço por sermos tão irresistivelmente distraídas, desastradas e esquisitas.

Viajando disse...

Digno de registro para nosso prazer de leitura...deve ter sido um horror na hora, mas agora rendeu boas gargalhadas...só vc mesma amiga. Bjs...vou acompanhá-la agora pelo blog :)

Caroline Cezar disse...

então essas coisas não acontecem só comigo! hahahahaha, boa, boa.

Rafaela disse...

Lu, isso parece história de pescador... :)
Beijos.
Rafa

Bianca Spinelli disse...

Hahahaha, já aconteceu uma dessas comigo!
Eu fui imprimir uma foto e quando tava voltando pra casa (com a folha na mão) começou a chover... eu, tão concentrada pra não deixar molhar a folha, acabei esquecendo de SEGURAR ela... bateu um ventinho e levou minha folha longe... eu saí correndo atrás que nem uma louca, mas a danada atravessou a rua e foi direto pro bueiro :S
O pior de tudo, é que era um trabalho pra escola. A professora não acreditou na história e ainda ficou rindo da minha cara ¬¬'