domingo, 23 de março de 2008

Sempre Mário Quintana

"O tempo é indivisível. Dize,
Qual o sentido do calendário?
Tombam as folhas e fica a árvore,
Contra o vento incerto e vário.

A vida é indivisível. Mesmo
A que se julga mais dispersa
E pertence a um eterno diálogo
A mais inconsqüente conversa

Todos os poemas são um mesmo poema
Todos os porres são os mesmos porres
Não é de uma vez que se morre...
Todas as horas são horas extremas!"

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